segunda-feira, 1 de setembro de 2014

a métrica do descompasso ou a vontade de ser líquido

Ele perdera eclipses, meteoros, auroras boreais por ser humano. Não podia estar em todos os lugares ao mesmo tempo, mas quando estava perdera todos os 'amor da sua vida' por não levantar o olho da preocupação. Existe pouco e por pouco tempo. E não pode ser poesia, não passa de um poema. Queria mais é ser líquido. Ocupar todos os espaços com seus volumes. Se fazer onipresente. Olhar o desabrochar das flores e sentir cada dor que o mundo nos dar direito de experimentar. Conhecer todas as pessoas. Não passa de um produto, com lote e data de validade. Correndo num descompasso métrico. Às vezes vê eclipses, mas com um filme fotográfico na frente para não queimar as retinas. Para quê tê-las se não pode ver o mundo com suas cores e grandezas? Às vezes vê meteoros e faz um pedido. Quer ser o mundo. Seu coração é revolução e translação. Já sonhou com auroras boreais, mas não gosta de sonhos que se tornam em pesadelos quando se acorda e a realidade é outra. Gosta mais é do resultado da fricção da arte em sua pele. A Terra há de comer!













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