quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Ode à Lola

Corra, Lola, Corra!

Seu largo te espera para dançar forró. E daí se foi um sonho? Você mora neles. Dois pra lá e dois pra cá, mas sem pisar no pé do engenheiro.. Porque tudo tem sua hora. Agora é hora de quê? De correr. Então, corra! Corra porque Nanã é mestra ou guia. Você tem proteção. E o papel te espera para se encher de ti. A poetisa te espera na rua Ceará. Mande uma carta avisando de sua chegada. Não precisa ter medo. Ela não morde. Ela é você. Corra! O pote de cereja está secando em cima da mesa. E é cereja mesmo, não é chuchu. Corra! O mundo te espera. O mundo quer suas curvas barrocas. Mostre que não se faz santos com cabelos humanos e muito menos humanos sem pecados. Corra! Você é a cura. A cura do mundo. O mundo é a sua cura. Seja freira. Seja desapegada. Seja macarrão com salsicha. Amarre as chaves pra fora da janela. Mas, corra. Corra de vez para o mundo ou sente-se. Sente-se para escrever. Deus deve habitar o barroco, porque, dizem, que habita em tudo. Ele habita em você que é mais barroca do que o leão sem forma da África. O meu verde talvez não seja igual ao seu. Essa é a graça do mundo. Corra! Corra a colher as cerejas dos potes verdes e entregue elas em uma carta. Deixe chover debaixo de sombrinhas e dance. Dance enquanto corre, enquanto vive, enquanto sonha. Seja Lola, seja cura, seja Lolita. Mas seja! 

















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