Ele era pedreiro antes de ser gente. Teve um pouco de sua infância roubada e muito dos seus estudos afetados. Era pedreiro. Mas não era pedreiro porque precisava. Seria qualquer coisa, aprendia de tudo e muito facilmente. Era pedreiro porque as casas precisavam se construir com ele para serem lares. Só a mão dele fazia isso. Era uma mão grossa, com calos, com rachaduras e meio cinza da cal e do cimento.
A mão escrevia bilhetinhos e os colocava dentro de caixinhas de fósforo para a moça bonita enamorada ler escondida. Essa mão acariciava os cabelos da moça e também arrancava flores do jardim da igreja amarela. Às vezes ela levava um cigarro na boca do pedreiro para fazer charme. James Dean fez escola e topete. A mão e o braço eram símbolos de masculinidade. Não tinha mocinha nenhuma que não suspirava.
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