sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

rua joão martins coelho em frente ao kit santo antonio

será que dá pra fazer poema aqui?
acho que é uma parte que não é contemplada na literatura, até adélia prado que costuma falar da gente, fala mas pelas beiradas, já falou de cachoeirinha, branquinhos, choro, mas aqui acho que não brota nada para escrever mesmo não. é uma terra onde as pessoas fazem uma força muito grande pra soar natural ou são naturais demais em parecer fortes, eu não sei direito. parece estranho que eu tenha vindo daqui, mas depois de um tempo longe é muito fácil notar a diferença, mas principalmente a minha diferença. porque as coisas aqui não mudam, nunca. mas eu não sou mais o mesmo, eu não consinto com a moça desconhecida no ônibus que pra tentar ser simpática fala mal dos outros. não. nem. quero um lugar de trotes eternos, onde as pessoas dançam num compasso intuitivo e vital. eu era muitos cavalos.

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