domingo, 30 de novembro de 2014

plural

Ele a conheceu durante um "muito obrigado" numa despedida em um dia qualquer depois do almoço. O cardápio não foi importante. A data não é lembrada. No entanto, foi um dia especial. É estranho esse movimento migratório da vida. Pessoas vão, pessoas entram. E é mais estranho ainda o quão o mundo é lindo. Entre sete bilhões de pessoas, a vida fez um tropeçar alma do outro. Nunca antes um prefixo foi tão duradouro: pré. 

Agora que te conheço. E que saio catando cavaco na sua alma todo dia. Posso afirmar, com um pouco mais de certeza que adoro a sua simplicidade complexa. Admiro sua alma que não cabe no seu corpo. Adoro quando sua alma entra nos outros corpos. Sua risada ecoa. Ecoa. Ecoa. Sua visão de mundo é um óculos que sempre quero enfiar na cara. Talvez seja isso mesmo, tenho um problema de vista. Preciso ver o mundo com outros olhos. E que lentes bonitas as suas. 

Acho que no fundo, mas bem no fundo mesmo, seu poema é só poesia. Eu nem tenho a ilusão de ter sua matéria por perto num futuro não tão longe. Mas já é metafísico. Se eu fosse um texto, você seria um marca-texto. Não tem solução, tudo em você é plural e isso é muito singular. Plural. Plulaura. 




Nenhum comentário:

Postar um comentário