terça-feira, 2 de dezembro de 2014

projeção de mercator

Será que precisa de alguém sair de um lugar inimaginável para ensinar que não importa o que os outros pensam? Sempre achei que não me importava, mas no fundo importava. Porque o que os outros pensam se mistura de uma forma tão rasteira com o que você pensa até parece que é você quem está pensando. Será que precisa de alguém para mostrar que roupa e etiqueta não é nada em nenhum lugar? Que papos sobre amores e desamores beiram a futilidade quando você não tem amor pelo cheiro do seu próprio corpo ou pela sola do seu pé? 

Na verdade eu não sei se precisa alguém sair de um lugar inimaginável para me ensinar o que eu pensava que eu sabia. Mas agradeço por ter saído de um lugar inimaginável para ir para outro. Aliás, quem garante que o mundo não é um lugar inimaginável? Agora ando descalço em museus. Como laranja e me sujo. Me sujo. E não me aguento de vontade da próxima chuva para ir correndo dançar. Afinal, a gente é feito para acabar. A gente é feito pra dizer que sim. A gente é feito para caber no mar, e isso nunca vai ter fim, mesmo o mar caindo em gotas do céu. Felicidade é mesmo só questão de ser. 


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