quinta-feira, 29 de março de 2018

el mundo es ancho y ajeno

como sempre, lá vai eu fazer mais projetos de leitura como forma de procrastinação desenfreada colocando metas para mim mesmo. mas até que esse é legal, e não to colocando prazo para acabar. tomara que eu consiga fazê-lo todo nessa vida mesmo. el mundo es ancho y ajeno. o projeto de tentar conhecer mais sobre as pessoas, os lugares e a relação dos dois em cada canto desse planeta. reflete minha vontade de conhecer o mundo. de me conhecer no mundo.

regrinhas porque a lua é em virgem:
1. ler um livro de cada país no mundo

1.1 ordem de prioridade:
1.1.1 países em que eu já estive
1. 1.2 américa latina
1.1.3 outros países do mundo
1.1.4 brasil

1.2 escolha:
1.2.1  nobel
1.2.2  pulitzer

2. ver um filme de cada país, baseado principalmente nos indicados ao Oscar

3. escutar ao menos um disco de cada país

4. ler uma dramaturgia de cada país

5. compartilhar em forma de texto, conversa de bar ou qualquer meio de comunicação que me dê na telha, tipo esse blog.

então, let's go.


quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Ode aos sonhos

dois mil e dezessete tinha começado com uma premissa muito boa de cerrar ciclos e começar outros. eu não poderia estar mais certo. inesperadamente consegui realizar muitos sonhos de uma só vez. conheci um grande amor, forte o suficiente para merecer minhas loucuras e consegui ser mais minimalista e equilibrado: tirei pessoas, coisas e hábitos que já não faziam bem ou que não tinham o mínimo de sentido de continuar ali. foi um ano de amor, principalmente amor a mim e a pessoa que eu sou e amor as coisas que eu mereço pela pessoa que eu sou. 

essa retrospectiva vai ser baseada nas fotos que eu subi no instagram. olhando para a primeira, vejo uma imagem distorcida de mim e muitas pessoas que eu não faço ideia de quem sejam comentando sobre minha imagem meramente ilustrativa. fora isso foi uma boa ideia começar o ano com um banho de cachoeira. depois tomado por uma "culpa" e um forte desejo quebrar as correntes fofo foi para Cabo Frio. como sempre, muito brochante, tanto o estilo da viagem quanto o lugar. desgostoso. nossa, nessa época eu achava que amava qualquer pessoa que demonstrasse o mínimo de atenção por mim. péssima fase. de lá fui pro rio ter uma noite meio louca meio surreal tomando catuaba nos arcos da lapa com um semi desconhecido. e de lá para Tiradentes. estudei um pouco cinema e teatro e foi bom, mas eu tenho um talento muito grande por lidar com pessoas que não vou cultivar uma relação. 

tá, como sempre o ano só começa depois de março. tive presenças muito ilustres e algumas que eu ainda não entendi muito bem na minha despedida. para alguns foi realmente uma despedida, porque até hoje não voltei a ver. e depois fui viver a melhor experiência da minha vida até agora: realizar o sonho de ir para o Chile, principalmente, morar em Valparaíso. 

então, já me cansei desse texto. mas foi ótimo me apaixonar, me valorizar, me conhecer, me equilibrar, conhecer gente nova, dar tchau para algumas pessoas tóxicas e conhecer culturas, lugares mágicos, passar por perrengues.

2017 foi o melhor ano da minha vida até agora, mas 2018 pode vir sem medo, porque eu não aceito menos. Quero que todos os anos sejam os melhores da minha vida e isso pode acontecer se eu quiser. Ainda não sei nada da minha depois do segundo semestre do ano que vem, mas eu gosto de surpresas também. 

- Divinópolis
- Belo Horizonte
- Serra do Cipó
- Cabo Frio
- Rio de Janeiro
- Tiradentes
- Valparaíso
- Viña del Mar
- Cerro La Campana
- Castro
- Dalcahue
- Achao
- Puerto Varas
- Frutillar
- Santiago
- San José del Maipo
- Mendoza
- Valdívia
- Niebla
- Pucón
- Iquique
- Arica
- Tacna
- Puno
- Cusco
- Aguascalientes
- Machu Picchu
- San Pedro de Atacama
- Santiago
- Salvador
- Aracaju


que rolê <3

La línea

y hay una línea que sale de mi ventilador hacia tu calefator. esa línea es recta y contínua.

terça-feira, 20 de junho de 2017



O céu de Valparaíso é aquarelado e rotineiramente inesperado. Aqui eu percebo outros tons que as vozes poéticas podem ter, suas nuances e seus tempos. As gaivotas voam, as gruas recém-iluminadas caminham pelo 'porto principal'. A cordilheira delimita e emoldura. Faz frio, mas o coração é quente.



quinta-feira, 30 de março de 2017

-33.022365, -71.648541

18 de septiembre de 1837 la primera luz salía del faro Punta Ángeles. 65570 días después una luz me ilumina en sus alrededores. Yo que todavía no estaba ni en la imaginación de mi quinta generación anterior, hoy me siento el grano de arena más bendicido del universo. No sé si bendicido por Diós en la concepción cristiana de las cosas, pero bendicido por la vida. Estoy aquí. Consciente. Con la sangre correndo en mis venas. Oyendo el Pacífico contra las piedras. Vendo millones de estrellas. Sentiendo el frío de un vento que me corta y me acaricia. Al lado de una persona que en poco tiempo ya me causó tanta alegría y que me elevó a lugares del alma que yo ni conocía o que hacía tiempo que no visitaba. No quería se cliché. Pero es imposible no mirar esta ciudad, estes paisajes, con ojos que no sean de Pablo Neruda, con intensidad que no sea de Gabriela Mistral y con palabras que no sean de Violeta Parra.

Gracias a la vida que me ha dado tanto.


sexta-feira, 24 de março de 2017

a +b = ab

¿Yo? Si yo tuviera derecho a super poderes... No sé, creo que salvaría los amantes de Las Torpederas para que ellos de hecho les encontrasen realmente feliz la piedra, como nosotros. Si yo tuviera super poderes eligiría hacer que todos mirasen Valparaíso con ojos de Neruda, con mis ojos dentro de los tuyos marrones-verdosos. Si yo tuviera derecho a super poderes haría con que las hormiguitas que hacen cosquillas en mi pecho jamás dejasen de hacerlo mientras las fachas son tiradas por tu acento. Si yo tuviera derecho a super poderes, taparía el sol para ver tu sonrisa.



quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Poesias Mineiras Definitivas (fevereiro de 2017)

Eu tô fazendo essa postagem aqui só porque eu vou estar viajando por muito tempo e não sei se vou precisar de ler Adélia Prado, Carlos Drummond de Andrade e Murilo Mendes nesse meio tempo e não vou estar com os livros por motivos óbvios de peso. Aí, é fácil. Essa seleção são dos poemas que eu acho que tenha mais probabilidade de eu precisar.

Adélia Prado
Louvação para uma cor
O amarelo faz decorrer de si os mamões e sua polpa,
o amarelo furável.
Ao meio-fia as abelhas, o doce ferrão e o mel.
Os ovos todos e seu núcleo, o óvulo.
Este, dentro, o minúsculo.
Da negritude das vísceras cegas, 
amarelo e quente, o minúsculo ponto, 
o grão luminoso.
Distende e amacia em bátegas 
a pura luz de seu nome,
a cor tropicordiosa.
Acende o cio,
é uma flauta encantada, 
um oboé em Bach.
O amarelo engendra. 

Roxo
Roxo aperta. 
Roxo é travoso e estreito.
Roxo é a cordis, vexatório,
uma doidura para amanhecer. 
A paixão de Jesus é roxa e branca, 
pertinho da alegria. 
Roxo é travoso, vai madurecer.
Roxo é bonito e eu gosto.
Gosta dele o amarelo. 
O céu roxeia de manhã e de tarde, 
uma rosa vermelha envelhecendo.
Cavalgo caçando roxo,
lembrança triste, bonina.
Campeio amor pra roxeamar paixonada,
o roxo por gosto e sina. 

Aura
Em maio a tarde não arde
em maio a tarde não dura
em maio a tarde fulgura.

Tentação em maio
Maio se extingue
e com tal luz
e de tal forma se extingue
que um pecado oculto me sugere:
não olhe porque maio não é seu.
Ninguém se livra de maio.
Encantados todos viram as cabeças:
Do que é mesmo que falávamos?
Da tua luz eterna, ó maio,
rosa que se fecha sem fanar-se.

Murilo Mendes
"eu estou no meu corpo" - Panorama

Reflexão Nº1
Ninguém sonha duas vezes o mesmo sonho
Ninguém se banha duas vezes no mesmo rio
Nem ama duas vezes a mesma mulher
Deus de onde deriva
É a circulação e o movimento infinito.

Ainda não estamos habituados com o mundo
Nascer é muito comprido.

Drummond
"Tenho apenas duas mãos 
e o sentimento do mundo"